[Especial Pioneiros] - Kraftwerk
Kraftwerk (pronunciado [kraftivork], usina de energia em alemão) é um grupo musical alemão que na minha opinião teve uma grande parcela no que resulta hoje em música eletronica, mas discordo que somente eles sejam os pais desse estilo músical. Temos outros caras que tambem ajudaram no desenvolvimento desse estilo como Giorgio Moroder, Jean Michael Jarre só pra citar dois, cada qual com sua contribuição. Entendo que hoje temos muitos estilos distintos por conta da maneira que cada um deles fazia música. Kraftwerk lembra muito eletro, Moroder a house music puxada pra Disco e o Jean Michael Jarre com certeza influencia o progressive house e deep house.
A banda foi fundada por Florian Schneider e Ralf Hütter em 1970, mas contando sempre com a participação de outros músicos, sendo que muitos sequer chegaram a participar de algum disco. Entretanto, a formação mais conhecida, duradoura e bem sucedida foi aquela que se consolidou entre 1975 e 1987 e que incluía os percussionistas Wolfgang Flür e Karl Bartos.
As técnicas que o Kraftwerk introduziu, assim como os equipamentos desenvolvidos por eles, são elementos comuns na música moderna. A banda tem sido considerada por alguns como tão influentes quanto os Beatles na sua participação na música popular na segunda metade do século XX. As suas letras lidam com a vida urbana e a tecnologia europeia pós-guerra. Geralmente mínimas, ainda assim revelam celebração e alertas sobre o mundo moderno.
Leia agora um especial feito pelo site www.rraurl.com.br falando sobre a trajetória desses caras:
TONE FLOAT (ORGANISATION - 1970)
Antes de formar o Kraftwerk, Ralf e Florian faziam parte do quinteto Organisation, uma banda de kraut rock extremamente experimental, e cujos outros membros eram Basil Hammoudi, Butch Hauf e Alfred "Fred" Mönicks. Charly Weiss, Peter Martini e Paul Lorenz participavam esporadicamente.
Produzido pelo mago Conny Plank, o único álbum do Organisation foi lançado em agosto de 1970 e foi um fracasso. Tone Float abre com a faixa de mesmo nome que ocupa todo o lado A do disco com seus vinte minutos de duração. O lado B é composto por outras cinco faixas basicamente instrumentais que soam como uma grande jam session. Algumas edições piratas do álbum trazem a faixa extra "Vor dem blauen Bock", cujo nome verdadeiro é "Rückstoss Gondoliere" (ou "Truckstop Gondolero"), que é uma gravação de uma apresentação ao vivo que eles fizeram num programa de TV alemão chamado Beat Club em 1971.
"O estúdio ficava no meio de uma refinaria de óleo. Quando saíamos dele era possível ouvir o barulho daquelas chamas enormes queimando tudo - todos os tipos de sons industriais", declarou Ralf numa entrevista. Não é a toa que, pouco tempo depois, o Organisation se dissolveu e ele e Florian montaram sua própria "usina de força".
KRAFTWERK 1 - (1970)
Para este novo projeto, Ralf e Florian não pensaram duas vezes e chamaram Conny Plank novamente para produzí-los. A experimentação eletrônica já dava seus primeiros passos, mas ainda assim este é um disco que nem de longe lembra o Kraftwerk que a maioria do público conhece. Também faziam parte do grupo Andreas Hohmann e Klaus Dinger.
Kraftwerk 1 abre com a faixa "Ruckzuck", com Florian mandando ver num solo de flauta (!!) emaranhado em ruídos eletrônicos. Entre outras faixas do álbum estão "Stratovarius", "Megaherz" e "Von Himmel Hoch".
A certa altura, Hohmann resolveu deixar o grupo e foi substituído por Michael Rother. Na mesma época, o baixista Eberhardt Krahnemann foi incluído na banda mas logo saiu ao brigar com Hutter - que também resolveu abandonar o barco. Florian não se fez de rogado e continuou o Kraftwerk como um trio (ele, Dinger e Rother) e essa formação pode ser vista na apresentação da faixa citada acima "Truckstop Gondolero", também no Beat Club. Foi aí também que os famosos cones símbolo da banda apareceram pela primeira vez.
Pouco depois, Rother e Dinger saem da banda para formar outro projeto seminal do krautrock, a banda Neu!, e Ralf fez as pazes com Florian e retornou ao Kraft.
KRAFTWERK 2 - (1972)
Juntos de novo, Florian e Ralf começam a moldar o que viria a se tornar o som do Kraftwerk tal qual conhecemos hoje. Kraftwerk 2 foi gravado inteiramente pela dupla, e é um álbum visivelmente mais eletrônico, que contava com o uso de bateria eletrônica pela primeira vez.
"Ninguém queria tocar conosco pois nós fazíamos coisas muito estranhas, efeitos e overtones e sons e ritmos... Nenhum baterista queria trabalhar com a gente por causa dos aparelhos eletrônicos que usávamos", lembra Hütter.
A primeira faixa do álbum, "Kling Klang" batizaria tempos depois o mitológico estúdio secreto onde eles gravaram todos seus outros discos, e é acompanhada no lado A com a faixa "Atem". O lado B tem quatro canções ("Strom", "Spule 4", "Wellenlange" e "Harmonika") que mostram a clara evolução no trabalho de composição da dupla, que abriu mão da sonoridade improvisada das jam sessions anteirores e se preocupa mais com a estrutra das melodias.
RALF UND FLORIAN - (1973)
Em 1973, a dupla grava seu melhor trabalho desta fase, já dentro do estúdio Kling Klang. O disco marca também a primeira vez que o violinista e pintor Emil Schult participa do grupo. Schult se tornaria um dos maiores colaboradores do trabalho do Kraft até hoje, sendo quase que um "membro não oficial" do grupo, cuidando não só das composições como também da parte visual e gráfica, como por exemplo criando a ótima capa do disco Autobahn (1974). Foi também a partir do álbum Ralf und Florian que o baterista Wolfgang Flür começou a fazer parte da banda - ainda que não tivesse participado da gravação do disco, apenas das apresentações ao vivo. Flür, juntamente com Karl Bartos (que entrou no grupo só dois anos mais tarde) consagraram a formação clássica do Kraftwerk como os quatro homens-robô.
Deste álbum, destacam-se as faixas "Tanzmuzik" e "Ananas Symphonie", esta última apresentando vozes computadorizadas pela primeira vez na história da banda, e que foram produzidas por um antigo aparelho que precedeu os vocoders. Entre outras faixas estavam "Tangebirge", "Kristallo", "Heimatklange" e "Elektrisches Roulette".
1975 EM DIANTE
Com o sucesso comercial de Autobahn, graças ao single homônimo que pela primeira vez entrou para as paradas de sucesso na Inglaterra e em vários países da Europa, a banda começou também a excursionar com mais frequência e finalmente ter todos os holofotes da imprensa voltados para si. Seus álbuns seguintes, já com a formação clássica (Hütter, Schneider, Bartos e Flür) acabaram entrando para a história dada à sua enorme contribuição à música eletrônica.
Em 2009, na sua terceira vinda ao Brasil, apenas Ralf Hütter permanecesse na banda. O Kraftwerk se apresente nesta semana no Rio de Janeiro e São Paulo com a seguinte formação: Ralf Hütter, Fritz Hilpert, Henning Schmitz e Stefan Pfaffe.
Chupinhado do site www.rraurl.com.br e pesquisado do wikipédia.